Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse desconhecer a atuação de um grupo alternativo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro para o combate à pandemia de Covid-19, o chamado gabinete paralelo, e disse em depoimento à CPI da Covid no Senado que a cloroquina não tem eficácia comprovada no tratamento à doença.

Segundo o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL), a comissão já tem elementos “suficientes” e tem recebido mais provas para atestar a existência desse gabinete paralelo, que teria atuado em defesa do uso da cloroquina como prevenção e tratamento da Covid-19 e levantado dúvidas sobre a eficácia da vacinas.

Mais incisivo do que em seu primeiro depoimento à CPI, Queiroga afirmou que não há evidências comprovadas da eficácia de medicamentos como a cloroquina no tratamento da Covid e defendeu, reiteradas vezes, que a solução para a pandemia passará pela vacinação.

Sobre os imunizantes, aliás, disse que trabalha com a preferência de compra da ButanVac, caso obtenha aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no lugar da aquisição de um lote adicional de mais 30 milhões de doses da CoronaVac. Ambas são produzidas pelo Instituto Butantan.

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