Após 26 meses consecutivos de queda, as vendas de veículos leves cresceram em março. É cedo para afirmar que se trata de uma retomada consistente?
Foi um mês bom, realmente, mas ainda não dá para cravar que é uma retomada consistente. Houve compras acima da média por pessoas jurídicas, mas o consumidor ainda está cauteloso. Esperamos a estabilização do mercado para, no segundo semestre, realmente crescermos.

Quais são os fatores econômicos que sustentarão a retomada do setor?
O fator crédito é fundamental. Ainda há aversão ao risco por parte dos bancos. Naturalmente, com a queda dos juros, as taxas ao consumidor também ficarão mais baixas. Outro ponto é o emprego, que tende a melhorar. Com a aprovação das reformas, o índice de confiança também vai aumentar. Com tudo isso, a economia voltará a andar e o nosso setor irá junto.

Até agora, o grande motor do setor tem sido a exportação…
Exatamente. A alta na produção é fruto das exportações. Houve um grande foco das montadoras no mercado externo. Conquistamos novos mercados e consolidamos mercados antigos. Com 172 mil carros exportados no primeiro trimestre, quebramos o recorde histórico do setor.

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