A tensão aumentou, neste domingo (26), na Cisjordânia ocupada, onde quatro palestinos foram mortos em confrontos com o Exército israelense, que realiza desde o dia anterior uma operação militar contra o movimento islâmico Hamas.

Três palestinos foram mortos no vilarejo de Biddu, cerca de dez quilômetros a noroeste de Jerusalém, e outro em Borquin, perto de Jenin, no norte da Cisjordânia, segundo fontes do ministério palestino da Saúde e do Exército israelense.

Um porta-voz do Exército israelense, Amnon Shefler, disse à AFP que os confrontos ocorreram durante “uma operação para desmantelar uma célula terrorista do Hamas”, que controla a Faixa de Gaza.

Segundo ele, a operação, que começou na noite de sábado (25), ainda está em andamento.

“Um terrorista foi detido na noite de sábado perto de Jenin sem confrontos. E então, na manhã deste domingo, trocas de tiros eclodiram quando o Exército foi prender outro terrorista em Borquin”, continuou o porta-voz.

“Nesses confrontos, um terrorista foi morto e outro homem armado foi preso”, acrescentou Shefler, citando outra prisão em Kabatia, no mesmo setor.

Além disso, neste domingo, “três terroristas foram mortos durante uma troca de tiros em Biddu”, declarou o porta-voz, que disse que os quatro palestinos mortos eram membros do Hamas.

Dois soldados israelenses, um oficial e um combatente ficaram gravemente feridos durante a noite no vilarejo de Borquin, de acordo com um comunicado do Exército.

Um cirurgião do hospital Rambam de Haifa (norte), onde os dois soldados foram internados, disse a repórteres que suas vidas não correm perigo.

O Hamas confirmou a morte nos confrontos de um de seus membros, identificado como Ahmad Zahran, em Biddu, enquanto a Jihad Islâmica afirmou que o palestino morto em Borquin, Ossama Soboh, era afiliado a ela.

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, que está a caminho de Nova York onde fará um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, disse que a operação tinha como objetivo prevenir “um ataque terrorista”, segundo um comunicado de seu gabinete.

Ele declarou seu “total apoio” aos soldados e seus superiores envolvidos na operação.

A presidência da Autoridade Palestina, por sua vez, condenou um “crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelenses em Jerusalém e Jenin”, segundo um comunicado de seu gabinete.

Quatro palestinos foram mortos recentemente em confrontos com as forças israelenses no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, onde os confrontos aumentaram nas últimas semanas.