Pelo menos 600.000 australianos perderam seus empregos em abril, devido ao confinamento decretado para combater o novo coronavírus, o maior número em mais de quatro décadas – conforme dados divulgados nesta quinta-feira (14).

O Australian Bureau of Statistics (ABS) informou que 100.000 pessoas solicitaram seguro-desemprego e que 500.000 deixaram o setor ativo.

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O primeiro-ministro Scott Morrison disse se tratar de números “extremamente chocantes”.

Segundo o ABS, 2,7 milhões de pessoas, ou seja, um ativo em cada cinco, tiveram de deixar o emprego, ou viram sua jornada de trabalho ser reduzida, em um contexto em que o país registrou uma “queda sem precedentes” de 63,5% de sua atividade.

Essa queda na atividade elevou a taxa de desemprego em um ponto, que atingiu 6,1%. Esse é o maior declínio mensal no emprego desde que o ABS iniciou os registros mensais em 1978.

Morrison alertou a população para se preparar para anúncios econômicos ainda mais devastadores. Até agora, a Austrália registrou cerca de 7.000 casos de contágio e 100 mortes, em uma população de 25 milhões.