Quarenta passageiros de um voo da Alitalia, que tinham saído das regiões do norte da Itália mais afetadas pela epidemia do novo coronavírus, tiveram que embarcar novamente para Roma depois que lhes proibiram de entrar nas Ilhas Maurício, segundo a companhia aérea.

“Os 40 passageiros se encontram em um voo de volta à Itália. Aterrissarão na terça-feira até às 1h (horário local)”, disse à AFP o porta-voz da Alitalia, Paolo Sanguinetti.

“Estão a bordo outros passageiros cujo voo até Roma estava programado”, ressaltou.

O avião, que tinha cerca de 300 passageiros, “saiu do aeroporto de Roma no último domingo”, segundo a Alitalia.

As autoridades italianas informaram que mantinham “contato permanente” com a companhia aérea para “prestar assistência” aos seus cidadãos a bordo.

O avião transportava uma série de pessoas vindas das regiões da Lombardia e de Vêneto, onde foram registrados os primeiros focos do coronavírus. Esses passageiros foram proibidos de desembarcar, segundo o ministério das Relações Exteriores.

O ministério da Saúde mauriciano informou estar realizando controles de saúde mais reforçados. No final desta tarde, o órgão informou que todos os passageiros que tivessem estado nas regiões da Lombardia, Vêneto ou Emilia Romagna nos últimos 14 dias estariam proibidos de retornar ao país.

Na Europa, a Itália, com seis mortos e 219 pessoas infectadas, é o primeiro país do continente a adotar medidas de confinamento em 10 cidades do norte de seu território.

Quase 52.000 pessoas estão confinadas em uma zona de isolamento na Lombardia e Veneza.