A variante ômicron do coronavírus causa preocupação desde o início da sua circulação no fim de 2021 por ser mais transmissível. O Brasil atingiu, em janeiro de 2022, a maior taxa de transmissão do vírus que causa a covid-19 desde o início da pandemia, e a cada dia bate novos recordes de contaminados.

A maior transmissibilidade da ômicron também significa, segundo especialistas, que o uso de máscaras mais eficientes contra o coronavírus é outro elemento fundamental para evitar o contágio e combater a pandemia. Entidades internacionais já recomendam o uso dos respiradores N95 por conta do seu melhor desempenho na proteção em comparação com máscaras cirúrgicas e de pano.

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As máscaras do tipo N95 são descartáveis, mas podem ser reutilizadas enquanto seu material estiver íntegro. Ao jornal New York Times, a professora de engenharia Linsey Marr, especialista em transmissão viral pelo ar, deu algumas orientações sobre como fazer isso.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos recomenda que os profissionais de saúde que usam esse tipo de proteção descartem as máscaras após cerca de 8 horas de uso durante 5 dias, com no máximo 40 horas de utilização.

No Brasil, a situação é semelhante. O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), que faz parte da Fiocruz, recomenda o descarte do respirador assim que evidências de uso fiquem aparente, mas recomenda que o usuário procure as recomendações feitas pelos fabricantes das máscaras no país.

Para pessoas que não precisam usar a máscara por tantas horas por dia, a indicação de Marr é que o estado da proteção seja monitorado. Com o tempo de uso, o respirador irá apresentar sinais de danificação em sua estrutura, falta de forma e marcas de sujeiras, o que indica a necessidade de descarte imediato. Marr reforça, ainda, que a máscara não deve ser molhada. Caso isso aconteça, o descarte também deve ser realizado porque o material do respirador perde sua capacidade de filtrar as partículas externas, tornando o produto ineficiente.

O perfil brasileiro Qual Máscara? (@qualmascara), que reúne informações sobre máscaras com base em estudos científicos, faz o cálculo médio de 15 utilizações até que os respiradores passem a apresentar tais danos.

Independentemente da situação, após o uso, é necessário deixar a máscara pendurada – por cerca de 3 até 7 dias – em um ambiente arejado para que ela possa secar naturalmente. Caso os respiradores precisem ser transportados em mochilas ou bolsas, é recomendado armazenar o protetor em um saco plástico para proteger de possíveis danos.