A quantidade de famílias endividadas na cidade de São Paulo caiu de 52,9% (2,046 milhões de famílias) em abril para 52,4% (2,028 milhões) em maio, interrompendo uma sequência de dois meses em alta, indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da FecomercioSP. Em relação aos 50,1% (1,925 milhão) registrados em igual período do ano passado, porém, houve alta de 2,3 pontos porcentuais.

Entre as famílias que têm contas em atraso, o indicador ficou em 19,2%, com avanço de 0,5 ponto porcentual (p.p.) na margem. Já na comparação com maio de 2016 (18,8%), houve alta de 0,4 p.p.. A pesquisa realizada pela FecomercioSP aponta ainda que 8,1% das famílias paulistanas não tiveram condição de honrar seus compromissos em maio, ligeiramente inferior aos 8,2% verificados em abril. Em maio do ano passado, o indicador apontava 7,1% sem condições de pagar dívidas.

O cartão de crédito é a principal linha de crédito usada pelas famílias consultadas, correspondendo a 73,2%. Na esteira estão: carnês (13,3%), financiamento de carro e crédito pessoal empatados (12,6%), financiamento de casa (10,9%), cheque especial (7,8%) e crédito consignado (4,8%). No caso do financiamento de automóveis, foi verificada queda de 3,1 p.p. na comparação anual. Já entre cheque especial e financiamento de imóvel, houve recuo de 2,6 p.p. em ambas categorias, na mesma base de comparação.

Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, 57,1% estão endividadas, com queda de 0,8 p.p. ante abril. Nessa categoria, 24,4% das famílias têm contas em atraso, número estável em relação ao mês de abril, enquanto 11,1% afirmam que não conseguiram cobrir as contas em maio – maior quantidade desde o início da série histórica.

No grupo com renda superior a 10 salários mínimos, a parcela endividada chega a 38,8%, com alta de 0,3 p.p. em relação ao mês anterior. Já a quantidade de famílias inadimplentes chegou a 7,5% em maio, de 5,8% em abril. O número de famílias que não tiveram condições de pagar contas no mês ficou em 2,4% no mês.

As dívidas vencidas há mais de 90 dias correspondem a 45,1% do total entre as famílias endividadas; 26,5% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 25,7% do total de famílias estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.

A maior parcela das famílias endividadas, 51,2%, por sua vez, compromete entre 11% e 50% da renda para o pagamento de dívidas. Para 19,1% das famílias, a renda comprometida supera os 50%, enquanto 25,9% das famílias têm menos de 10% de comprometimento.