Recentemente, a Nasa atualizou sua previsão das chances de que o asteroide Bennu, um dos dois objetos mais perigosos conhecidos em nosso Sistema Solar, poderia atingir a Terra entre os anos 2100 e 2200. Os novos cálculos revelam que o risco estaria em 1 para 1.750, um valor bem acima do que se imaginava.

A rocha espacial, descoberta em 1999, mede 262 m de diâmetro e foi objeto da missão OSIRIS-Rex, da Nasa, que pousou na superfície dela em 2020 e coletou amostras de seu solo.

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Mesmo com essa nova probabilidade, parece pouco provável que tenhamos um evento cataclísmico daqui a 300 anos.

Ainda assim, a agência espacial americana planeja lançar a missão DART (Double Asteroid Redirection Test ou Teste Duplo de Redirecionamento de Asteroide) em novembro para ver se uma espaçonave, ao atingir uma rocha espacial de tamanho considerável, é capaz de mudar sua trajetória.

Para entender o possível risco de choque do Bennu contra a Terra, o jornal Harvard Gazette, da Universidade de Harvard, dos EUA, pediu que os estatísticos Lucas B. Janson e Morgane Austern, ambos professores da renomada instituição de ensino, dessem exemplos práticos dessa probabilidade de colisão.

Eles compararam as chances do enorme asteroide de atingir a Terra às seguintes probabilidades:

Seria o mesmo que jogar uma moeda no cara ou coroa e todas as primeiras 11 tentativas dessem cara

Se pegarmos quatro pessoas aleatórias na rua e todas tivessem a data de aniversário no mesmo mês

Ao atirar um dardo num alvo com os olhos fechados, a pessoa acertasse no centro

Um morador de Massachusetts (EUA) ganhasse duas vezes na loteria estadual VaxMillions, em dois dias diferentes, desde que todos os moradores do estado (são 6,893 milhões) estivessem inscritos no sorteio e que os resultados fossem divulgados a cada segundo

Ao Harvard Gazette, Lucas Janson afirma que se fosse um homem de apostas, colocaria todo o seu dinheiro na probabilidade de ficaremos bem daqui a 300 anos. De qualquer forma, ele brinca que se estiver errado, “pagar a aposta seria a menor das preocupações”.