A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou para a maior transmissibilidade da variante B.1.617.2 ou Delta da Covid-19, predominante na Índia dessa estirpe, alertando que o relaxamento das medidas pode motivar sua expansão.

Numa época em que as campanhas de vacinação decorrem no mundo inteiro, importa perceber quais vacinas serão mais eficazes contra esta variante, que pode se tornar dominante em breve, ultrapassando a britânica.

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A OMS e a comunidade científica concordam que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca oferecem um bom nível de proteção contra a variante Delta. Contudo, vale ressaltar que uma forte imunidade só é alcançada com a segunda dose, ou seja, com o regime completo.

“As duas doses da Pfizer ou AstraZeneca são eficazes o suficiente para controlar esta variante, fornecem uma boa resposta imunológica e são eficazes na prevenção de hospitalização”, explica Ignacio López-Goñi, microbiologista da Universidade de Navarra.

No entanto, é importante notar que “foi detectada uma certa fuga dos anticorpos neutralizantes a nível experimental, e consequentemente, uma menor eficácia, com apenas uma dose de vacina”, acrescenta o especialista.

A fragilidade da dose única está sendo sentida, sobretudo no Reino Unido, onde mais de 80% da população já tem, pelo menos, uma dose e mesmo assim o surgimento da variante delta levou a uma forte subida dos casos e a um atraso de um mês na fase final do desconfinamento.

No que diz respeito às restantes vacinas já aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, a Janssen e a Moderna, atualmente não há estudos que demonstrem a eficácia ou perda de eficácia relativamente à variante Delta.