As compras de 43% dos brasileiros durante a crise se restringiram a itens de primeira necessidade como comida, bebidas e gastos com saúde, segundo estudo da PWC. Pesquisa com 1016 entrevistados este ano apontou que a restrição do consumo foi uma das medidas que mais pessoas afirmam ter adotado para enfrentar o cenário iniciado no segundo semestre de 2014.

Além disso, os consumidores disseram que passaram a pesquisar mais em diferentes varejistas, algo comum a 63% das pessoas. Uma parcela de 49% optou por reduzir as visitas a restaurantes, bares e outras formas de entretenimento.

Para o sócio da PwC, Ricardo Neves, os números mostram que o consumidor fez esforços para aproveitar oportunidades de compra a preço mais baixo, mas, ao final, teve que de fato diminuir suas compras.

A pesquisa detectou ainda que parte das mudanças de comportamento adotadas na crise não devem se reverter imediatamente.

Apenas um terço dos entrevistados diz que, num cenário de melhora da economia, estará propenso, por exemplo, a aumentar gastos com produtos de moda. Para 41% das pessoas, a manutenção de comportamentos atuais de poupar dinheiro vão permanecer depois da crise.

Para Neves, a observação do cenário de consumo em outros países sugere que os hábitos adquiridos durante um período de crise tendem a se perpetuar por mais tempo. Marcas que ganham relevância num momento assim também tendem a se manter mesmo depois que a economia melhora, diz.