Um estudo publicado na revista Biogeochemistry afirma que árvores e plantas mortas em regiões pantanosas são culpadas por até 25% dos gases do efeito estufa, chamados de “pum de árvore”.

De acordo com a pesquisa, as árvores em regiões costeiras que morreram envenenadas pelo avanço de águas salgadas, que tornaram uma determinada região não só pantanosa, mas altamente salinizada, acabaram se transformando em “florestas fantasmas”.

Ao morrerem, essas árvores acabam liberando uma quantidade mais alta que o comum de dióxido de carbono, causador do efeito estufa na atmosfera.

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O estudo ainda ressalta que a situação pode piorar. Esse volume pode ser facilmente ignorável frente a outras fontes de gás – motores de carros, uso de combustíveis fósseis, emissões decorrentes do mercado agropecuário. Os pesquisadores lembram que o mar não parou de avançar.

Ano após ano, a água salgada fecha o cerco em florestas, tornando-as salinizadas e matando as árvores locais por envenenamento de sal, resultando em mais gases liberados por elas em seu momento de morte.

O pesquisadora chefe, Melinda Martinez, da Universidade da Carolina do Sul, avaliou cadáveres secos de árvores em cinco “florestas fantasmas”.

A importância desse monitoramento vem do fato de que as florestas fantasmas estão aumentando de tamanho ao longo da costa norte-americana, com pontos extensos identificados entre os estados da Louisiana e Maryland – uma distância aproximada de dois mil quilômetros.

Mais além, o avanço do mar não é o único risco, já que estruturas de canalização da água salgada podem conter vazamentos que a distribuem em florestas costeiras. E isso traz um efeito negativo na flora e fauna local.