Na segunda-feira (20), os papéis da Via Varejo fecharam em alta de 7,35%, com negociações de R$ 2,4 bilhões na B3, um volume acima das ações da Petrobras. O motivo principal foi a publicação, na conta oficial da empresa no Twitter, de seis mensagens, durante a manhã, com números sobre o aumento acima de 1.000% nas vendas de televisores, artigos de escritório e de informática, e de jogos e câmeras, além de crescimento de 750% em fornos e fogões. As mensagens foram apagadas um hora depois, por conterem informações que seriam declaradas em balanço financeiro posterior. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que vai investigar o caso.

MEIOS DE PAGAMENTOS
XP prepara lançamento de cartão com a Visa

A XP anunciou, na segunda-feira (20), que realiza testes para o lançamento de um cartão de crédito de marca própria. O objetivo é oferecer o produto, sem anuidade, aos clientes ativos. Bruno Constantino, sócio e executivo-chefe de operações da XP, disse que a expectativa é lançá-lo até o começo do quarto trimestre. “É um cartão internacional e que a Visa está dispondo a seus serviços mais sofisticados”, afirmou. “Vai ter um limite dinâmico, definido conforme utilização e investimentos do cliente.” Um diferencial deve ser a funcionalidade investback. Em vez do cashback, o retorno de valores gastos, o cartão dará investimentos atrelados a um fundo.

BOLSA
Bradesco aponta possível sobrevalorização da AES 

Em relatório de análise de ações, o Bradesco BBI indica que as empresas de energia Engie e AES Tietê pagam um bom “dividend yield” por ação, mas os preços dos papéis estariam relativamente altos. No caso da Tietê, eles vinham sendo negociados com certo desconto, mas “desde a oferta de aquisição hostil que recebeu da Eneva, não é mais o caso”. Isso indicaria que o mercado esperaria nova oferta da Eneva. No entanto, um cenário mais provável é o BNDES vender, na totalidade ou em parte, os 28,41% das ações que possui da companhia, conforme o seu plano de desinvestimentos. Em junho, a americana AES informou que conduzia negociações para compra da fatia do BNDES.

CAPTAÇÃO
Braskem levanta US$ 600 milhões

Divulgação

A Braskem fechou, na segunda-feira (20), a captação de US$ 600 milhões. O papel, de 60,5 anos, pagará anualmente 8,5%, mas a taxa pode ser revisada a cada cinco anos. A escolha foi pela emissão de bônus híbrido subordinado, um tipo de papel não utilizado por empresas brasileiras há anos e que serve para aquelas que buscam melhorar as suas notas de rating. A operação é contabilizada pela companhia, em seu balanço, como dívida, mas as agências de rating consideram 50% como dívida e 50% como equity. O dono do papel é o último a ter prioridade do pagamento entre os credores, mas, por outro lado, recebe antes dos acionistas.

CRÉDITO
Santander cria linha de R$ 5 bilhões para saneamentos

O banco Santander anunciou a criação de uma linha de R$ 5 bilhões para projetos de saneamento básico. O crédito poderá ser pago em até 16 anos e está voltado a empresas que buscam pagar outorgas, fazer aquisições e investimentos. O banco quer aproveitar uma nova onda de aportes no setor após a aprovação do marco regulatório. Também pode haver condições de juros menores para projetos que contemplem métricas de sustentabilidade.

FUNDOS
Vitreo faz ofertas de produtos de terceiros

A Vitreo, que se tornou corretora em maio, começou, na semana passada, a oferecer fundos de terceiros em sua plataforma. O primeiro deles é o multimercado Occam Retorno Absoluto, da gestora Occam. Para evitar a tentação de outras plataformas de estimular os investimentos em gestoras que pagam “rebate” maior (porcentual das taxas de administração pago pela gestora à plataforma por distribuir os seus produtos), a Vitreo estipulou taxa de 0,2% anual cobrada de todos os fundos.