Um cara que está no poder desde 1994 como o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, não parece disposto a largar o osso facilmente. Mas o país de menos de 10 milhões de habitantes saiu às ruas e os manifestantes também não mostram sinais de recuo. A suspeita é de que as eleições de 9 de agosto tiveram resultados fraudados. No meio dos protestos, a internet sofreu um apagão. A maioria dos sites do país, além de mecanismos de busca e redes sociais ficaram praticamente inacessíveis por três dias. A saída foi uma busca em massa pelo Psiphon, ferramenta que dribla mecanismos de censura. O número de usuários diários regulares na Bielorrússia saiu de 10 mil, antes da eleição, para mais de 1 milhão – 10% da população. “O Psiphon é feito sob medida para anticensura”, afirmou Michael Hull, um de seus cofundadores. São usados 3,5 mil servidores em todo o mundo para evitar desligamentos.

(Nota publicada na edição 1185 da Revista Dinheiro)