A psicopatia é um fator de risco para ações violentas, porém, nem todo psicopata vai ser tornar um criminoso, porque ele pode controlar seu comportamento. Pelo menos essa é conclusão de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos.

Pesquisadores da Universidade da Virginia publicaram no site da Associação de Psicologia Americana, uma análise estatística sobre o comportamento associado ao sucesso de psicopatas em relação ao autocontrole. Foram estudados 1.354 adolescentes infratores durante sete anos para constatar que a tendência de autorregulação é decisiva.

Indivíduos que apresentam características da psicopatia costumam ser antissociais, manipuladores e não têm capacidade para a empatia. No entanto, pessoas com altos níveis de psicopatia nem sempre se tornam criminosas ou violentas, por conseguirem dominar seus impulsos antissociais.

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A pesquisa buscou identificar três variáveis na análise: impulso, controle e supressão da agressividade. Os que conseguiram lidar melhor com esses fatores de autoconhecimento estão associados aos que não voltaram a cometer infrações.

“A psicopatia inicial mais elevada foi associada a aumentos significativos na inibição da agressão ao longo do tempo. Este efeito foi ampliado entre os infratores bem sucedidos (com menos reincidência). Indivíduos que desenvolvem maior controle autorregulatório sobre seus impulsos antissociais tornam-se relativamente mais bem sucedidos do que suas contrapartes menos regulados”, diz o estudo.

A psicóloga Katia Mecler identifica 10 tipos de psicopatia em seu livro “Psicopatas do Quotidiano”: esquizotípico, paranoico, antissocial, histriônico, narcísico, dependente, evitante e obsessivo compulsivo, cada um com características próprias.