Desde que surgiu, em novembro de 2010, a startup brasileira PSafe tem uma regra pétrea: seu aplicativo de segurança, chamado de PSafe Total, é gratuito.

A partir de abril, essa regra começa a ser flexibilizada. A PSafe terá uma versão paga de seu aplicativo. Não haverá nenhuma mudança em relação à gratuita. A única diferença é que ela não mostrará publicidade.

“Acredito que uma parcela pequena dos nossos usuários tope pagar”, diz Marco de Mello, CEO e fundador da PSafe, que não definiu ainda o valor que cobrará. “Nosso compromisso, no entanto, é o de manter sempre uma versão gratuita.”

A startup brasileira já conta com mais de 100 milhões de downloads do aplicativo PSafe Total, desde 2014, quando começou a apostar exclusivamente no sistema operacional móvel Android, do Google.

Mensalmente, segundo Mello, 22 milhões de consumidores usam seus aplicativos – além do PSafe Total, a companhia conta com o App PowerPRO, que ajuda a economizar bateria. Em abril, ele lançará também um novo aplicativo, com foco em privacidade do consumidor.

Avaliada em mais de R$ 1 bilhão, a PSafe já levantou US$ 90 milhões em recursos com fundos de private equity. São seus sócios a Pinacle Ventures, a  RedPoint, a e.ventures, a Quihoo 360 e a Redpoint eVentures. “Não temos mais planos de novas captações”, diz Mello.

A companhia conta com operações no México e nos Estados Unidos, onde abriu um escritório em São Francisco, no coração do Vale do Silício. “Estamos tendo um crescimento muito rápido no mercado americano”, afirma Mello.

Segundo os dados da Psafe, o Brasil concentra a maioria dos usuários ativos mensais da startups com 16 milhões de consumidores. Os Estados Unidos, por sua vez, já contam com 4 milhões. No México, são 1 milhão. Há ainda 1 milhão de diversos países espalhados pelo globo.