Um tribunal israelense anunciou nesta terça-feira (24) que a próxima grande etapa no julgamento por corrupção do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a apresentação de provas, será celebrada “no começo de fevereiro”, e não em janeiro, como previsto inicialmente.

Esta decisão, publicada pelo ministro da Justiça, se deve a diferenças sobre a apresentação das provas, bem como às restrições impostas contra o novo coronavírus.

Netanyahu foi denunciado em novembro de 2019 por corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos. É a primeira vez que isto ocorre com um chefe de governo israelense durante seu mandato.

A apresentação de provas marca uma etapa importante no processo, após meses de alegações sobre a redação das acusações e o acesso da defesa aos dossiês da acusação.

O julgamento do premier começou em 24 de maio. Na ocasião, Netanyahu simplesmente confirmou que tinha entendido as acusações contra ele. Sua presença não foi requerida depois nas audiências.

A acusação reuniu mais de 300 testemunhas para apoiar suas alegações.

Benjamin Netanyahu, de 71 anos, 14 deles no poder, é acusado de ter recebido 700.000 shequels (cerca de 210.000 dólares) em charutos, champanhe e joias de personalidades abastadas em troca de favores financeiros ou pessoais.

Segundo os investigadores, Netanyahu também teria tentado obter uma cobertura favorável de um dos maiores jornais de Israel, o Yediot Aharonot.

O início de seu julgamento ocorreu pouco depois da conclusão de um governo de coalizão com seu ex-rival, Benny Gantz.