A proposta liderada pelo Japão da volta da liberação de caça as baleias foi rejeitada durante reunião bienal da Comissão Internacional das Baleias (IWC, sigla em inglês). A proibição instituída em 1986  vinha sendo questionada por países como Noruega, Islândia e o próprio Japão, que defendiam cotas anuais de caça. A ilha oriental ainda defendia que a medida tinha caráter científico, uma vez que segundo eles, com a caça seria possível ter controle populacional da espécie além de detectar ameaças animais em seu habitat.

A reunião da comissão aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina, e contou com a presença de 70 países. A votação terminou 41 a 27 pró manutenção da proibição, com Rússia e Coréia do Sul sendo os únicos países a se abster do voto. Após a votação, Tóquio declarou que irá reavaliar sua participação na organização que atualmente preside.

O grande interesse do Japão para com a votação era a liberação da caça das baleias da espécie Minke, abundantes na costa do país e que não consta na lista da União Internacional de Conservação da Natureza.

“As baleias Minke são parte integral não só de nossa história mas também de nossas vidas”, declarou a delegação japonesa na abertura da reunião. “Temos orgulho que nossa caça costeira de baleias Minke sempre foi sustentável. Nossa pesca nunca teve impacto negativo no ecossitema e nunca terá”.

Apesar de presidente do IWC, o Japão tem uma cota anual para a caça de baleias para motivos científicos. Porém em 2014, a Corte Internacional de Justiça ordenou que o país cessasse o programa pois havia indícios que a caça de baleias extrapolava motivos científicos. O projeto voltou em 2016 com redução significativa da cota.

Seis das 13 espécies de baleias gigantes estão listadas como em risco de extinção segundo o Fundo Mundial de Vida Selvagem