Novos confrontos foram registrados nesta segunda-feira (18) nas instalações do Conselho Legislativo (LegCO, parlamento) de Hong Kong, devido à tentativa da oposição de obstruir a votação de um texto de lei que penaliza qualquer insulto ao hino nacional chinês.

Vários deputados do movimento pró-democracia foram expulsos a força da comissão do parlamento encarregada de examinar os projetos antes de serem debatidos em uma sessão plenária.

Essa comissão estava sem líder e, nesta segunda-feira, os deputados a favor de Pequim impuseram seu presidente, apesar das manobras de obstrução da oposição, a fim de examinar o projeto de lei sobre o hino.

Os agentes de segurança do parlamento, equipados com máscaras e luvas protetoras, entraram no complexo e levaram os deputados da oposição mais alterados.

A tensão no parlamento ilustra a profunda crise política de Hong Kong. A oposição denuncia há anos a crescente interferência do governo central chinês nos assuntos da região semi-autônoma, com a ajuda do governo designado e não eleito e a maioria do LegCo.

No ano passado, um projeto de lei sobre a extradição de moradores de Hong Kong para a China continental desencadeou um enorme movimento de protesto, com alguns dias violentos, que duraram sete meses.

Pequim considera os protestos pró-democracia como uma conspiração estrangeira e insiste que Hong Kong vote leis contra sedição e ofensa ao hino chinês e estabeleça um currículo patriótico no ensino fundamental.