Os investidores do Reserva Raposo, bairro planejado na zona oeste da capital paulista, tiveram uma notícia ruim no começo de 2022: suas cotas no fundo que controla o empreendimento tiveram queda de 64% no valor de um dia para o outro. As informações são da coluna Capital, do jornal O Globo. 

De acordo com a BV Asset, que administra o fundo, as premissas do projeto mudaram após uma série de reveses como, por exemplo, o empreendimento não conseguir obter financiamento na modalidade na planta.  

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Alguns investidores pessoas físicas, porém, foram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusando o FIP Reserva Raposo de passar informações privilegiadas para fundos de investimentos privados, já que eles deixaram a FIP meses antes da reavaliação das cotas. Hoje 87% do fundo está nas mãos de quase 300 pessoas físicas. 

A Abradin (Associação Brasileira de Investidores), que representa esses cotistas, diz que a administração do FIP deixou de prestar informações importantes aos investidores nos meses que antecederam a reavaliação das cotas. 

O Valor Geral de Vendas do projeto chegou a ser estimado em R$5,1 bilhões, mas até o dia de hoje cerca de 1,4 mil apartamentos foram vendidos, gerando cerca de 10% desse valor.

A BV Asset, gestora do Banco Votorantim responsável pelo fundo, disse ao Globo que “o cenário momentâneo, de alta nas taxas de juros e ainda com efeitos negativos da pandemia, mostra-se desfavorável para o setor imobiliário como um todo. Empresas que operam empreendimentos de baixa renda também sentiram o impacto, com queda de ações na B3”.