A Comissão Federal de Comércio norte-americana ouviu nesta terça-feira (5), um dia após o apagão dos aplicativos do Facebook, a ex-gerente Frances Haugen. 

Responsável por gerenciar a área de produtos da rede social, Haugen se tornou delatora do Facebook após expor arquivos internos para o “Wall Street Journal” e algumas entidades do governo americano. 

Esses documentos relatam que o Facebook tinha conhecimento sobre o potencial dos próprios sites em prejudicar a saúde mental dos jovens usuários. E além de não divulgar os dados, a empresa não teria realizado ações com a intenção de resolver esses problemas. 

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“A empresa esconde intencionalmente informações essenciais aos usuários, ao governo dos Estados Unidos e aos governos do mundo todo”, afirmou Haugen ao Senado dos EUA.

Agora, diante do Capitólio, a engenheira computacional também alertou sobre os riscos da falta de divulgação desse tipo de informação, além da responsabilidade que os serviços precisam ter diante do vínculo desenvolvido com seus usuários. 

“Os produtos do Facebook prejudicam as crianças, alimentam a divisão e enfraquecem nossa democracia”, completou Haugen.

Resposta do Facebook

Em contrapartida, o Facebook respondeu às acusações da ex-gerente sobre seus produtos de maneira direta:

“Sugerir que encorajamos conteúdo nocivo e não fazemos nada a respeito simplesmente não é verdade”, respondeu o Facebook ao Portal G1, na última segunda-feira (4).