A empresa responsável pelo League of Legends, um dos mais populares jogos de RPG online, é acusada de pagar salários mais baixos para mulheres e acobertar casos de assédio sexual, publicou a BBC.

A ação contra a Riot Games é movida por uma ex-funcionária e outra que ainda trabalha na empresa. Em nota, a companhia de tecnologia disse que está investigando as acusações.

“Apesar de não discutirmos os detalhes do litígio em andamento, podemos dizer que levamos todas as alegações dessa natureza a sério e as investigamos completamente.” “Continuamos comprometidos com uma evolução profunda e abrangente de nossa cultura para garantir que a Riot seja um lugar onde todos os funcionários prosperem.”

A ação é liderada por Melanie McCracken – uma especialista em comunicação interna que trabalha na empresa desde 2013 -, e Jessica Negron – uma editora de conteúdo que se demitiu em 2017, depois de ter sido contratada por dois anos.

Segundo elas, as funcionárias eram alvos constantes de assédio dentro da Riot. Em um dos casos, circulou uma lista de classificação com “as mulheres mais gostosas” da empresa e adjetivos pejorativos. Em outra situação, de acordo com as funcionárias, as mulheres foram obrigadas a participar de jogos online onde eram assediadas e humilhadas pelos homens.

A acusação também afirma que as funcionárias recebiam um salário desigual aos dos homens, mesmo desempenhando a mesma função. De acordo com Negron, que à época ganhar US$ 56 mil ao ano, ela foi designada para fazer o mesmo trabalho de um antigo gerente, sem receber o salário equivalente ao dele, de US$ 160 mil.

Depois de seis meses desempenhando a função e sem ser efetivamente promovida, o cargo foi entregue para outro funcionário.