A indústria registrou perdas na produção em 18 das 26 atividades pesquisadas na passagem de abril para maio, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global a produção recuou 0,2%.

A principal influência negativa foi do recuo de 2,4% em veículos automotores, reboques e carrocerias, que devolveram parte do avanço de 6,4% registrado em abril.

Outras contribuições negativas relevantes foram de bebidas (-3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), outros produtos químicos (-2,0%), produtos de metal (-2,3%), produtos de minerais não metálicos (-2,1%) e produtos diversos (-5,8%).

Na direção oposta, entre os oito segmentos com avanços, o crescimento mais significativo foi registrado pelas indústrias extrativas, com expansão de 9,2%, eliminando assim parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019.

Segundo André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, no IBGE, as indústrias extrativas voltaram a crescer devido à retomada da extração de minério de ferro no Pará, que tinha sido prejudicada pelo excesso de chuvas nas leituras anteriores, além do bom desempenho da extração de petróleo.

Também houve crescimento em maio ante abril na fabricação de setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), interrompendo dois meses consecutivos de quedas, período em que acumulou uma perda de 4,9%.