Além do avanço mensal, a recuperação da indústria em junho foi disseminada pelo País na comparação com igual mês de 2017. Houve alta na produção em 11 dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Estado de São Paulo, maior parque industrial do País, teve aumento de 4,0% na produção em junho ante junho de 2017, acima do avanço de 3,5% na indústria nacional como um todo, como informou o IBGE semana passada.

As maiores altas na produção industrial regional ocorreram no Pará (13,3%), por causa das indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), e em Pernambuco (10,0%), em função de produtos alimentícios, produtos de metal, produtos de minerais não metálicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Altas expressivas foram registradas também no Paraná (9,7%), onde a produção foi puxada pela alta de veículos automotores, reboques e carrocerias e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Na Bahia, com alta de 9,0% em junho ante junho de 2017, o destaque foi a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias e metalurgia.

Também tiveram alta na produção a Região Nordeste (6,6%), Amazonas (4,2%), Santa Catarina (3,5%), Rio de Janeiro (2,2%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Minas Gerais (0,4%).

Na contramão, a produção industrial do Espírito Santo encolheu 7,3% em junho ante junho de 2017. Segundo o IBGE, a indústria capixaba foi “pressionada pelo comportamento negativo das indústrias extrativas, de produtos de minerais não metálicos e de produtos alimentícios”. “Ceará (-3,6%), Goiás (-2,1%) e Mato Grosso (-0,1%) também tiveram taxas negativas na comparação com junho de 2017”, diz a nota divulgada pelo IBGE.

No dado fechado do segundo trimestre, a desaceleração do avanço da produção nacional, que ficou em 1,7% em relação ao segundo trimestre de 2017 (ante uma alta de 3,0% nos três primeiros meses do ano sobre igual período de 2017), se repetiu em dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE.