A produção de veículos cresceu 29,9% em maio ante igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 275,7 mil unidades produzidas no mês, soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. É o maior volume para o mês desde 2014, quando a produção chegou a 281,3 mil unidades.

Boa parte do crescimento é explicada pela greve dos caminhoneiros do ano passado, que ocorreu na segunda quinzena de maio. À época, o bloqueio das estradas obrigou todas as montadoras a interromper suas produções por alguns dias.

Em relação a abril, a produção do mês passado também teve alta, porém menos expressiva, de 3,1%.

No acumulado de janeiro a maio, as montadoras somam 1,241 milhão de veículos produzidos, expansão de 5,3% em relação a igual período de 2018. O crescimento só não é maior porque o setor enfrenta queda nas exportações, em razão da crise na Argentina, principal destino dos veículos exportados.

Emprego

Apesar do aumento na produção, as fabricantes eliminaram 146 vagas de emprego em maio. Em 12 meses, o saldo também é negativo, com o fechamento de 2.357 postos de trabalho.

O setor terminou o mês passado com 130.008 funcionários, queda de 1,8% na comparação com o resultado de igual período do ano passado.

Vendas

Nas vendas ao mercado interno, o balanço da Anfavea confirma números divulgados na segunda-feira pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os emplacamentos cresceram 21,6% em maio ante igual mês passado, para 245,4 mil unidades.

Em relação a abril, houve alta de 5,8%.

No acumulado, foram 1,085 milhão de unidades vendidas, aumento de 12,5% sobre o resultado de igual período do ano passado.