É praticamente impossível passar um dia sem consumir plástico, presentes na embalagem do shampoo, nas sacolas de supermercado, na embalagem da comida e inúmeros outros objetos. Porém, o consumo excessivo, o descarte incorreto e a baixa reciclagem prejudicam o meio ambiente. Pensando nisso, a Fundação Heinrich Böll lançou o Atlas do Plástico, uma pesquisa que visa analisar a presença e o crescimento do plástico no mundo.

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Segundo a publicação, o planeta poderá atingir, já em 2025, mais de 600 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente — um aumento de 50% em relação à produção atual. Isso é preocupante pois o lixo gera poluição nos oceanos, rios e solos, além de consumir, até 2050, de 10% a 13% do limite estimado de emissões de carbono para que o aquecimento global se mantenha abaixo de 1.5°C, como prevê o Acordo de Paris.

O Brasil, por exemplo, está em quarto lugar no ranking de maiores produtores de lixo plástico do planeta, com 11,3 milhões de toneladas descartadas por ano, e só recicla 1,28% dos resíduos, segundo a WWF. Assim, o destino de 7,7 milhões de toneladas de plástico vão para aterros sanitários e 2,4 milhões de toneladas vão para céu aberto. Isso causa impacto para solo, cursos de água, na fauna e na flora e também às cidades.

As embalagens de uso único — como sacolinhas plásticas — são as principais vilãs nesse cenário, Do total de 400 milhões de toneladas de plásticos produzidos no mundo a cada ano, 158 milhões de toneladas são de recipientes. E os atuais sistemas de reciclagem não conseguem lidar com esse volume de resíduos: das mais de 9 bilhões de toneladas de plástico produzidas desde a década de 1950, menos de 10% foi reciclado, segundo o estudo.