A produção de petróleo e gás natural brasileira cresceu 52,71% de 2010 a 2020, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2020, foram produzidos 3,74 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), incluindo óleo e gás, uma alta de 5,22% em relação a 2019.

“A última década contou com constante aumento de produção, com exceção apenas dos anos de 2012 e 2018”, afirmou a ANP em nota.

O volume de petróleo extraído no ano passado foi de 2,94 milhões de barris por dia (bpd), e o de gás, de 127,4 milhões de m³ por dia.

Em 2020, o pré-sal respondeu por 68,61% da produção nacional, enquanto, em 2010, a participação era de 1,53%. Em contrapartida, no mesmo período, a produção terrestre saiu de 11,60% para 5,95%, e a produção marítima no pós-sal, de 86,87% para 25,44% do total do País.

Com o crescimento do pré-sal, avançou também a importância da Bacia de Santos, onde eram extraídos 0,04 milhão de bpd há uma década e, no ano passado, ficou em 1,9 milhão de bpd, Já a produção da Bacia de Campos saiu de 1,8 milhão de bpd para 0,9 milhão de bpd.

A ANP informou ainda que novos regimes de produção tiveram maior participação no cenário nacional. Enquanto em 2010 praticamente toda a produção de petróleo equivalente vinha dos contratos de concessão, em 2020 esta participação foi de 78,97%, ganhando espaço a produção da cessão onerosa, que atingiu 19,45% da produção nacional”, acrescentou a agência.

Na última década, outras empresas, além da Petrobras, ganharam fatias do mercado. A participação da estatal passou de 92,67% para 74,01% no período. Outras empresas passaram a ter uma participação mais representativa, seja como operadora ou em consórcio com a estatal.