A produção de petróleo da Venezuela caiu em setembro para 749.000 barris por dia (bpd), quase um quinto a menos do que em agosto, informou nesta quinta-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Fontes secundárias consultadas pela organização garantem, no entanto, que o bombeamento foi reduzido para 644.000 bpd.

Fonte de 96% das receitas do país, a produção venezuelana entrou em colapso, atingindo os piores níveis em 30 anos. Há uma década, alcançava 3,2 milhões de barris por dia.

O país com as maiores reservas de petróleo teve que limitar sua oferta pelas sanções dos EUA contra a estatal PDVSA e a falta de investimentos.

Em 28 de abril, um embargo entrou em vigor como parte de uma bateria de sanções para pressionar a saída do poder do presidente socialista Nicolás Maduro, que Washington considera ilegítimo e chamou de “ditador”.

A Venezuela enfrenta a pior crise de sua história recente com uma inflação que deve chegar a 1.000.000% em 2019, segundo o FMI, além de apagões e escassez de combustível, especialmente nos estados do interior.

Com dois anos à frente da estatal e do ministério de Petróleo, o general Manuel Quevedo assegurou em um fórum energético em Moscou no começo de outubro que em 2019 se prevê voltar aos níveis de produção de 2018, entre 1,5 e 1,6 milhão de bpd.

Nos objetivos anunciados em seu site para o período 2013-2019, a PDVSA informou que quer “aumentar seu nível de produção de petróleo a 6 milhões de barris por dia até 2019”.