A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse nesta segunda-feira que sua produção de petróleo subiu 41 mil barris por dia (b/d) em julho, para uma média de 32,32 milhões de barris por dia, mesmo quando a produção do líder de fato do cartel – a Arábia Saudita – declinou.

De acordo com o cartel, o aumento foi impulsionado pela maior produção no Kuwait, Nigéria, Emirados Árabes Unidos e no Iraque.

No entanto, a Opep disse que a produção de petróleo da Arábia Saudita caiu quase 53 mil barris por dia em julho, de acordo com fontes secundárias. A Arábia Saudita disse diretamente à Opep que sua produção caiu de fato 200 mil barris por dia, para 10,29 milhões de barris por dia no mês passado, ampliando as discrepâncias entre os dados oficiais de produção do Reino e os dados fornecidos por agências externas.

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou na sexta-feira declínio de 110.000 barris por dia na produção saudita em julho na comparação mensal, apesar das expectativas de que a produção do reino aumentaria com um aumento “mensurável” de várias centenas de milhares de barris por dia no mês passado.

Em relação à demanda mundial, a Opep reduziu em 20 mil barris por dia a projeção para este ano, totalizando em 1,64 milhão de barris por dia. Para 2018, a estimativa também reduziu em 20 mil, atingindo 1,43 milhão de barris por dia. As reduções ocorreram principalmente devido a dados de demanda de petróleo mais fracos do que o esperado na América Latina e no Oriente Médio, apontou o relatório da Opep.

Em julho, a oferta global de petróleo aumentou em 680 mil barris por dia, para uma média de 98,53 milhões de barris por dia.