São Paulo, 31 – A produção de celulose cresceu 15,7% em julho ante um ano antes, somando 1,9 milhão de toneladas, e 9,1% no acumulado do ano, atingindo 12,2 milhões de toneladas fabricadas ao longo de 2018, de acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) divulgados nesta sexta-feira, 31.

No segmento de papel foi apurado acréscimo de 2,9% em julho no comparativo anual, e estabilidade em 2018. No acumulado do ano, o papel para embalagem é o mais produzido, chegando a 3,1 bilhões de toneladas fabricadas. Papel para fins sanitários (+3,7%) e papel cartão (+3,3%) demonstraram avanço no período.

Exportações

Em volume, as exportações de celulose cresceram 12,3% nos primeiros sete meses do ano ante igual período do ano anterior, somando 8,7 milhões de toneladas. Em julho, as exportações do produto cresceram 5,9% no comparativo anual, somando 1 milhão de toneladas. No segmento de painéis de madeira as exportações aumentaram 2,5% no acumulado do ano ante igual período do ano anterior, somando 733 milhões de m? comercializados. Apenas no mês de julho foi reportada queda de 5,1%, em relação ao mesmo período de 2017, para 112 mil m?. As exportações de papel diminuíram 19,1% em julho ante julho do ano anterior.

Base florestal

Entre janeiro e julho, as exportações da indústria de base florestal cresceram 31,3% em relação a igual período do ano anterior, somando US$ 6,3 bilhões. No período foram apurados avanços de 40,7% no segmento de celulose, 6,7% em painéis de madeira e 4,6% no papel.

A representatividade do setor também cresceu no período, totalizando 4,6% da balança comercial brasileira e 10,6% da balança comercial do agronegócio. No acumulado de janeiro a julho, a balança comercial do setor ficou em US$ 5,6 bilhões, um crescimento de 34%.

A China segue como principal mercado externo para celulose brasileira, com incremento de 40,2% em valor exportado no acumulado do ano, seguida pela Europa (+44%) e América do Norte (37,4%).

No total, segundo o Ibá, entre todos os destinos, a negociação da celulose deu um salto de 40,7% quando comparado com o mesmo período de 2017. Já o papel tem na América Latina seu foco de comércio exterior, com alta de 12,2% em valor negociado. Ao todo, R$ 1,1 bilhão foi gerado a partir das exportações do produto. Por fim, os painéis de madeira, que somaram R$ 174 milhões negociados com outros países, aumentaram em 14,0% o valor monetário comercializado com a América Latina, principal destino dos produtos.

Vendas domésticas

O mercado de painéis de madeira no Brasil voltou a apresentar alta, com avanço de 3,5% no acumulado de janeiro a julho, com 3,8 milhões de m? vendidas, e 13,2% em julho, em relação ao mesmo mês de 2017. O segmento de papel apresentou avanço de 1,4% no acumulado do ano até julho, somando 3,1 milhões de toneladas negociadas e de 3,9% em julho, para 476 mil toneladas.