Por Dominique Patton

PEQUIM (Reuters) – A produção de carne suína da China saltou 31,9% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano anterior, atingindo 13,69 milhões de toneladas, maior volume trimestral em dois anos, mostraram dados publicados nesta sexta-feira.

A disparada ocorre após grandes investimentos na reconstrução do rebanho de porcos do país desde que a peste suína africana devastou as criações locais, em 2018 e 2019.

O rebanho de suínos da China avançou para 415,95 milhões de cabeças ao final de março, alta de 29,5% na comparação anual, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas do país. Ao final de dezembro, a cifra alcançava 406,5 milhões de animais.

“O fator fundamental é que há mais porcos no rebanho”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.

Uma severa onda da doença durante o inverno local contribuiu para o aumento na produção de carne suína, já que muitos produtores, temendo os riscos maiores de infecção, enviaram os porcos para abate mais cedo.

O peso médio dos suínos abatidos no período foi menor do que há um ano, disse Pan, o que indica liquidações pelos produtores e é uma das principais razões para o aumento na produção.

Os preços da carne suína despencaram mais de 40% desde o início do ano, indicando o volume maior de abates, mas começaram a recuperar terreno nesta semana.

Isso sugere que a oferta provavelmente ainda não voltou ao normal, segundo Darin Friedrichs, analista sênior de commodities da StoneX na Ásia.

As importações de carne pela China nos primeiros três meses de 2021 chegaram a 2,63 milhões de toneladas, um aumento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado, mostraram dados alfandegários na terça-feira.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447745))

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