O procurador-geral do Equador, Carlos Baca, pediu nesta quinta-feira a pena máxima de seis anos de prisão para o vice-presidente Jorge Glas, por associação criminosa envolvendo o escândalo de subornos da construtora Odebrecht.

“Após justificar com provas a participação do vice-presidente no crime de associação criminosa, o procurador solicitou a pena máxima prevista no Código Penal”, de seis anos, informou o próprio funcionário no Twitter.

O processo, que corre na Corte Nacional de Justiça, envolve Glas e outras oito pessoas, incluindo seu tio Ricardo Rivera.

Glas, em prisão preventiva desde 2 de outubro, é o político de mais alto escalão em atividade a ser julgado no escândaço Odebrecht, que afeta 12 países da América Latina e da África.

A Procuradoria afirma que Glas recebeu através de Ricardo Rivera um total de 13,5 milhões de dólares em subornos por contratos obtidos pela Odebrecht no Equador.

A prisão preventiva e o processo contra o vice-presidente têm como pano de fundo o racha do movimento governista Aliança País – no poder desde 2007 – entre os partidários do presidente Lenín Moreno e os do ex-presidente Rafael Correa, o grande aliado de Glas.

Correa, que em várias ocasiões disse que não existem provas contra Glas, sustenta que Moreno, que foi seu vice-presidente entre 2007 e 2013, se aliou à oposição tradicional e se utiliza da luta contra a corrupção para desprestigiar seu governo e afastá-lo da política.