De acordo com a pesquisadora Lygia da Veiga, o estudo não pode ser visto como mais um passo na direção da clonagem de humanos. Ao contrário, a extrema dificuldade de aplicação da técnica sugere que não é adequada. “Seria preciso contratar dezenas de mulheres para serem ‘barriga de aluguel’ e os clones correriam grave risco de morte após o nascimento.”

José Eduardo Krieger, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), observa que os avanços das tecnologias “sempre nos aproximam do que é possível fazer com humanos, mas cabe à sociedade impedir o mau uso da ciência”. “Para que nenhum maluco resolva fazer isso é que existem os comitês de ética.”

O cientista também afirma que a técnica é complexa demais e a eficiência não é completa nem para a clonagem de primatas. “Nesse estudo, vemos que os animais clonados só viveram algumas horas quando os cientistas tentaram fazer a transferência de núcleo de células somáticas adultas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.