A hipótese de a China invadir Taiwan, ilha que considera parte de seu território, é muito mais séria e iminente do que muitos acreditam, alertou nesta terça-feira (23) um alto oficial militar americano.

Recuperar esta ilha é “a prioridade número um” da China, disse a um comitê parlamentar o almirante John Aquilino, designado para liderar o comando americano da região indo-pacífica.

Segundo Aquilino, os Estados Unidos precisam liberar 27 bilhões de dólares para reforçar “no curto prazo e com urgência” as capacidades de defesa do país na região.

“O Partido Comunista da China gerou certas capacidades na região destinadas a nos manter afastados”, continuou.

Pequim considera que Taiwan é uma de suas províncias e ameaça usar a força em caso de uma proclamação formal de independência ou uma intervenção externa.

Washington é o aliado mais poderoso da ilha e continua fornecendo armas.

Se a China invadir este território de 23 milhões de habitantes, que tem seu próprio governo eleito democraticamente, assim como seu próprio Exército e sua própria moeda, desencadearia grandes problemas no comércio internacional, alertou Aquilino.

Uma invasão também poderia colocar em risco a credibilidade dos Estados Unidos com seus aliados asiáticos, como Japão, Coreia do Sul e Filipinas.

“Se tivéssemos um conflito em Taiwan, estaria em jogo o status dos Estados Unidos como sócio de nossos aliados”, alertou.