Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – Isaac Alcolumbre, um primo do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi preso nesta quarta-feira em Macapá em uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, Isaac estava entre um dos 24 alvos de mandados de prisão preventiva, além de 49 outros de busca e apreensão, que a Polícia Federal buscava cumprir pela Operação Vikare, que investiga ainda casos de associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro no estado do Amapá, segundo a PF em comunicado.

Em nota por meio de sua assessoria, o senador Davi Alcolumbre disse que soube pela imprensa da operação realizada pela PF, “na qual um parente seu é um dos investigados”.

“O senador espera que a Polícia Federal cumpra de forma institucional com o seu dever”, disse a assessoria.

Não foi possível contatar a defesa de Isaac imediatamente.

Atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre está no centro de uma polêmica com o governo ao não pautar até agora a sabatina de André Mendonça, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, indicado há mais de três meses pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro já criticou publicamente o senador pela demora de colocar a indicação dele para análise. O senador, por outro lado, defende sua autonomia para pautar a escolha para o Supremo, mas o caso poderá ter um desfecho pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após recurso de parlamentares para resolver o impasse.

Davi Alcolumbre foi eleito presidente do Senado em 2019 com o apoio decisivo de Bolsonaro, mas distanciou-se dele nos últimos meses.

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