BUENOS AIRES (Reuters) – A safra de soja 2020/21 da Argentina deverá atingir 43 milhões de toneladas, ante 44 milhões estimadas anteriormente, devido a rendimentos inferiores aos esperados por consequência da seca que afetou o país entre fevereiro e março, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) nesta quinta-feira.

A Argentina é a maior exportadora de óleo e farelo de soja do mundo. As condições climáticas desfavoráveis ao longo da temporada obrigaram a entidade a reduzir em várias oportunidades sua estimativa para a colheita da oleaginosa, que no início do ciclo era de 46,5 milhões de toneladas.

“Durante as últimas três semanas, os resultados da colheita ficam abaixo dos rendimentos esperados e inclusive das médias históricas, refletindo o impacto do déficit hídrico durante os meses de fevereiro e março”, disse a BdeC em relatório semanal de cultivos.

Segundo o informativo, até quarta-feira a colheita de soja do país, recém-iniciada, atingia 3,5% da área plantada.

Em relação ao milho 2020/21, cuja produção a BdeC prevê em 45 milhões de toneladas, a entidade disse que as condições majoritariamente secas na última semana permitiram o avanço da colheita do grão, que alcançou 12%.

O clima seco registrado durante a temporada 2020/21 também obrigou a bolsa a reduzir seu cálculo para a safra do cereal, inicialmente de 47 milhões de toneladas.

(Reportagem de Maximilian Heath)

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