Considerada a prévia da inflação de maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) apresentou alta de 0,59%, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (24). O resultado, o maior para o mês de maio desde 2016, está acima do que previa o mercado, porém abaixo do resultado de abril (1,73%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação apresenta alta de 12,20%, acima dos 12,03% do levantamento anterior.

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Segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de maio e somente Habitação apresentou variação negativa (-3,85%), enquanto Saúde e Cuidados pessoais subiu 2,19%. Transportes caiu de 3,43% em abril para 1,80% em maio, registrando o maior impacto positivo no índice mensal.

Alimentação e bebidas também recuaram de 2,25% para 1,52%, enquanto Educação ficou entre 0,06% e Vestuário com 1,86%.

Dentre os itens e subitens de maior impacto no índice do mês, destacam-se: produtos farmacêuticos (5,24%), com 0,17 ponto percentual., higiene pessoal (3,03%), com 0,11 p.p.; passagem aérea (18,40%), com 0,09 p.p.; gasolina (1,24%), com 0,08 p.p.; e etanol (7,79%), com 0,07 p.p.

Havia uma expectativa do mercado de que o IPCA-15 do mês de maio viria desacelerado, puxado pela mudança na bandeira tarifária de energia elétrica de escassez hídrica para verde, além da redução nos preços da alimentação e combustíveis.

Análises de bancos como o Itaú, no entanto, eram mais pessimistas, apostando em uma alta mensal de 0,42% no índice, enquanto o Bradesco previa alta de 0,46% – ambos erraram para baixo nas previsões.