O plano de saúde Prevent Senior teria manipulado um estudo sobre a eficácia da hidroxicloroquina associada à azitromicina no tratamento contra a Covid-19. Segundo a GloboNews, teriam sido ocultadas mortes de pacientes na divulgação da pesquisa.

O estudo teria sido apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e é usado por defensores do governo para legitimar a prescrição dos medicamentos, que não têm eficácia contra o novo coronavírus.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid recebeu um dossiê, ao qual a o canal de televisão tece acesso, com as denúncias de irregularidades, que teria sido elaborado por médicos e ex-médicos do plano de saúde. De acordo com o documento, teria existido um acordo entre a Prevent Senior e o governo.

O diretor executivo da Prevent Senio, Pedro Benedito Batista Júnior, seria ouvido pela CPI nesta quinta-feira (16), após ganhar, do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, o direito de permanecer em silêncio. No entanto, segundo o Metrópoles, Junior não irá depoir aos parlamentares. Os advogados do executivo alegam que é necessário um prazo minimo de 48 horas para atender à convocação da CPI.

Em nota, a empresa nega as acusações e disse que toma medidas para investigar quem estaria tentando desgastar a imagem do convênio. A Prevent Senior argumenta que os médicos sempre tiveram sua autonomia respeitada.