Os presidentes da Colômbia, Costa Rica, Equador e Panamá assinaram nesta terça-feira (2) em Glasgow, no marco da COP26, o acordo que amplia em 60.000 km2 a área marítima protegida de Galápagos, uma das mais importantes do mundo.

“O que estamos fazendo nesta tarde é histórico”, declarou o presidente colombiano Iván Duque, no ato celebrado no pavilhão do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF).

“Quatro nações estão declarando, cada uma de nós, uma extensão das áreas marinhas” para constituir um corredor comum, acrescentou.

Com essa extensão, o parque natural de Galápagos, patrimônio da Humanidade, se aproxima dos 200.000 km2.

“A discussão aqui na COP é que temos que agir agora”, acrescentou o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado.

“Estamos protegendo, no caso da Costa Rica, a ilha de Coco. Me sinto muito orgulhoso”, acrescentou.

O anúncio comum dessas quatro nações vizinhas é um dos mais importantes do início da COP26, na qual cerca de 200 países devem reforçar o combate à mudança climática.

“É um exemplo de ação concreta, não é uma promessa ao futuro”, afirmou o presidente equatoriano Guillermo Lasso, que foi o primeiro a dar a notícia na segunda-feira, na cúpula de mais de 120 líderes do planeta.

O anúncio em torno das Galápagos é um importante sinal de preservação da biodiversidade, em uma Conferência da ONU na qual geralmente são anunciados planos de redução de gases de efeito estufa, programas ou promessas financeiras.

Lasso anunciou na segunda-feira que o Equador ofereceu medidas de conservação em troca do cancelamento da dívida externa.

“O Equador recebeu propostas de troca da dívida, o vamos impulsionar”, disse no evento, transmitido ao vivo na região.

“Quando se tem uma atividade como a de hoje, você oferece esperanças ao mundo”, disse o presidente panamenho Laurentino Cortizo.

O ato, na presença de personalidades como o príncipe Alberto de Mônaco, foi concluído com a assinatura simbólica a quatro mãos de um grande mapa da região.