O presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniu nesta segunda-feira (15) com o dono do Twitter e da Tesla, Elon Musk, em paralelo a um evento de investidores internacionais chamado “Choose France”.

“Falamos sobre a atratividade da França e os importantes avanços nos setores de veículos elétricos e de energia. Também falamos sobre regulamentação digital. Temos muito o que fazer juntos”, tuitou o presidente francês.

Os dois já conversaram em dezembro, durante visita do presidente francês aos Estados Unidos, onde discutiram “futuros projetos industriais verdes, como a produção de veículos elétricos e baterias”.

Macron recebeu Musk horas antes de receber mais de 200 chefes de multinacionais no Palácio de Versalhes para a sexta edição do “Choose France” (Escolha a França, em tradução livre), marcada pelo anúncio de 13 bilhões de euros (14,14 bilhões de dólares, 69,60 bilhões de reais na cotação atual) de investimentos.

O líder liberal promove uma política baseada na redução das contribuições patronais e na reindustrialização da França, ao mesmo tempo em que acelera a transição ecológica.

Na sexta-feira, anunciou a instalação em Dunkirk (norte) de uma fábrica de baterias elétricas do grupo taiwanês ProLogium, cujo investimento ascende a 5,2 bilhões de euros (5,65 bilhões de dólares, 27,81 bilhões de reais).

Na mesma cidade, o grupo chinês XTC e o grupo francês Orano vão investir 1,5 bilhão de euros (1,63 bilhão de dólares, 8 bilhões de reais) para criar uma fábrica relacionada a baterias de lítio, acrescentou.

Metade dos executivos de grandes empresas esperados em Versalhes nesta segunda-feira são europeus, 20% americanos e 15% asiáticos, informou o governo francês.

Musk é dono do Twitter desde o final de outubro e, desde então, gerou muitas polêmicas, incluindo a demissão da maior parte de sua equipe e o restabelecimento de contas de figuras de extrema direita na plataforma.

O presidente francês já exortou a rede social no passado a cumprir as regras europeias sobre as “condições de uso transparentes”, sobre reforço da moderação de conteúdos e sobre “proteção da liberdade de expressão”.