O presidente filipino, Rodrigo Duterte, proclamou nesta terça-feira (17) que Marawi foi “liberada da influência dos terroristas” mas, segundo o Exército, os combates contra os extremistas afins ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) continuam.

“Declaro aqui que Marawi foi liberada da influência dos terroristas, o que marca o começo da reabilitação”, disse Duterte nesta cidade do sul do arquipélago, com uma população majoritariamente muçulmana, enquanto ainda eram ouvidos explosões e disparos.

O presidente fez o anúncio durante uma visita às tropas nesta cidade para celebrar o anúncio da morte, na segunda-feira, do chefe do EI para o sudeste asiático, Isnilon Hapilon.

Este último aparecia na lista americana dos “terroristas mais procurados”. Duterte e os analistas o consideram “o emir” regional do EI e o principal artífice do projeto de decretar um califado na região.

Logo após o discurso de Duterte, o exército explicou que restam ainda entre 20 e 30 jihadistas – que mantêm uns 20 reféns – entrincheirados em Marawi e que os combates continuam.

Perguntado se o anúncio de Duterte era simbólico, o coronel Romeo Brawner, comandante adjunto da força envolvida na batalha contra os extremistas, respondeu: “sim porque não se pode dizer que (o setor) esteja 100% limpo”.

“Quando declararam o final da Segunda Guerra Mundial restavam elementos isolados”, acrescentou.