O processo de vacinação contra a covid-19 é a questão mais urgente a ser abordada no Equador, que enfrenta uma nova onda da doença, disse o presidente eleito, Guillermo Lasso, nesta segunda-feira (19).

“Conversamos com o presidente (Lenín Moreno) principalmente sobre a questão da vacinação. Acredito que seja, na conjuntura atual, a questão mais importante e urgente para o povo equatoriano”, indicou Lasso após seu primeiro encontro com o presidente cessante.

Lasso, que foi eleito no segundo turno em 11 de abril, e assumirá as rédeas do país em 24 de maio, reuniu-se com Moreno no Palácio de Carondelet, em Quito, para iniciar a transição de governo. O vice-presidente Alfredo Borrero também compareceu.

“O processo de vacinação se tornou o principal programa econômico do futuro governo”, declarou Lasso, um ex-banqueiro de direita, que, durante a campanha, propôs imunizar 9 milhões de equatorianos nos primeiros 100 dias de sua gestão.

O Equador, com 17,5 milhões de habitantes, vacinou 167.933 pessoas com as duas doses necessárias, enquanto outras 377.199 receberam a primeira, segundo dados oficiais referentes ao último sábado.

“Precisamos que os equatorianos saiam de suas casas, recuperem a normalidade, vivam com tranquilidade, trabalhem, possam empreender e também possam ir à noite a locais de entretenimento e diversão, e, assim, reativar a economia”, acrescentou Lasso, 65 anos.

Autoridades do Equador alertaram que a nação enfrenta uma situação “muito crítica” devido ao aumento das infecções por covid-19. O país registra 360.563 casos e 17.703 óbitos, entre confirmados e prováveis. Quito é a cidade mais afetada, com mais de 116 mil infectados.

Circulam no país as variantes brasileira, britânica e de Nova York, segundo o Instituto de Microbiologia da Universidade de San Francisco, responsável pelas análises. Entre janeiro de 2020 e março de 2021, houve cerca de 53 mil mortes em geral, de todas as causas, a mais do que no mesmo período anterior, de acordo com o Registro Civil.

Para conter a propagação do vírus, as autoridades impuseram uma restrição à circulação de veículos nas estradas, sob a supervisão do Ministério dos Transportes, durante a noite nos fins de semana, que será estendida até 2 de maio. Além disso, o país mantém o fechamento de suas fronteiras terrestres e marítimas e a suspensão das aulas presenciais.