O presidente do diretório estadual do PR no Rio Grande do Norte, João Maia da Silva, é alvo de busca e apreensão na Operação Via Trajana, deflagrada na manhã desta terça-feira, 31, pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal, que mira em supostas irregularidades em obras de rodovias. Ele é pré-candidato a deputado federal.

Ao todo, 27 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Grande Natal e em outros sete Estados brasileiros.

“O trabalho é um desdobramento da Operação Via Ápia e o objetivo é reunir provas a respeito do envolvimento de outras pessoas em possíveis desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro no contrato de obras rodoviárias no Rio Grande do Norte”, afirma o MPF, por meio de nota.

A Via Ápia foi realizada em novembro de 2010 e resultou no ajuizamento de denúncias e ações de improbidade contra 25 envolvidos, dentre os quais o ex-chefe de engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit/RN), Gledson Golbery de Araújo Maia, e o ex-superintendente regional do Dnit, Fernando Rocha Silveira, além de integrantes de empresas como a Constran, Galvão, Construcap e ATP Engenharia.

As acusações incluem os supostos crimes de formação de quadrilha; peculato; corrupção ativa e passiva; lavagem de dinheiro; e fraudes a Lei de Licitações.

De acordo com a Procuradoria, a “nova operação é resultado da celebração de acordos de colaboração premiada do MPF com alguns dos já investigados, bem como da quebra de sigilos fiscais e bancários”. O nome remete à Via Trajana, também conhecida como Via Romana, que era a extensão da Via Ápia.

Defesa

João Maia emitiu nota nesta terça-feira sobre operação que resultou em mandado de busca e apreensão em sua residência:

“À minha família, aos amigos e a todos os conterrâneos do Rio Grande do Norte: Hoje, às seis da manhã, minha família foi acordada com mandado de busca e apreensão. Soube por terceiros, como sempre, que se trata de desdobramento de uma delação sobre um processo que se desenrola desde 2009. Espero que agora possa saber exatamente se sou acusado e, de que sou, para poder me defender na justiça, em quem acredito e sempre vou acreditar. Avisaram-me, muitas vezes, que a proximidade do processo eleitoral poderia ensejar esse tipo de ação, não quis acreditar, mas estranhamente aconteceu. Continuo tranquilo, firme nos meus propósitos, com fé em Deus e na Justiça”.