Na semana em que o Brasil ultrapassou a marca de 90 mil mortes causadas pelo coronavírus e 2,5 milhões de contaminados, uma coalizão que representa mais de 1 milhão de trabalhadores da saúde denunciou o presidente da República ao Tribunal Penal Internacional, cuja sede fica em Haia, na Holanda. O mandatário da Nação foi denunciado por crimes contra a humanidade e genocídio. A Rede Sindical Brasileira UNISaúde acusa o presidente de cometer “falhas graves e mortais” na administração da crise do coronavírus. Ao todo, cerca de 50 instituições brasileiras e internacionais apoiam a ação. Além de sindicatos da Saúde, a denúncia tem como signatários a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Internacional dos Serviços Públicos (ISP) e diversos movimentos sociais. Confira algumas acusações que pesam contra o presidente:

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de competitividade

Estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) retrata muito bem a realidade do Brasil. Divulgada na quarta-feira (29), a pesquisa mostra o País em penúltimo lugar no ranking de competitividade que inclui 18 economias de nações com características semelhantes. De toda a lista, o Brasil, com 4,4 pontos, só aparece à frente da Argentina, que sofre pesada crise econômica e ficou com 3,99 pontos. Em situação melhor do que o País estão tanto economias maiores quanto menores do que a brasileira, como Austrália, China, Colômbia, Peru e Turquia (gráfico ao lado). Os líderes do ranking são Coreia do Sul, Canadá e Austrália, considerados os países mais competitivos do grupo. Para montar o levantamento, são analisados nove fatores: “Ambiente Macroeconômico”, “Ambiente de Negócios”, “Educação”, “Estrutura Produtiva, Escala e Concorrência”, “Financiamento”, “Infraestrutura e Logística”, “Tecnologia e Inovação”, “Trabalho” e “Tributação”. Com o resultado atual, o Brasil se mantém na mesma posição que ocupa há 10 anos. O País tem seus melhores desempenhos nos itens “Tecnologia e Inovação”, no qual ocupa a oitava colocação, e “Trabalho”, ficando em nono lugar. Por outro lado, fica em último no quesito “Financiamento” e em penúltimo em “Tributação”. De acordo com a CNI, a carga tributária brasileira representa 32,3% do PIB nacional e pouco mais de 65% do lucro das empresas.

Keiny Andrade

“Não estamos isolados no mundo e temos de enfrentar os nossos entraves” Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

Bitcoin dispara e supera US$ 11 mil após quase um ano

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Foram quase três meses de estagnação. Até que, a partir da segunda-feira (27), o bitcoin deu uma bela disparada. Na terça-feira (28), pela primeira vez depois de quase um ano, a maior criptomoeda do mundo superou os US$ 11 mil, representando uma valorização de de 13% em apenas dois dias – no domingo (26), a moeda digital valia cerca de US$ 9.700. Em moeda nacional, 1 bitcoin saiu da casa dos R$ 50 mil no domingo para bater R$ 58 mil na tarde da quarta-feira (29), uma alta de 16%. É impossível afirmar, com segurança, os motivos dessa forte subida. Mas há bons indicadores. Um deles é que, com os casos de coronavírus voltando a crescer no planeta, a criptomoeda se apresenta como uma alternativa mais segura do que investimentos tradicionais. Outro ponto favorável é a autorização para que bancos dos Estados Unidos possam custodiar moedas digitais. Há, ainda, notícias de que as gigantes Visa e Mastercard estudam autorizar a realização de operações com bitcoin. Se as boas novas continuarem, é possível que
o bitcoin chegue aos US$ 100 mil ainda este ano, como alguns analistas já anunciaram.

Bilionários enriquecem na pandemia

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A pandemia mexeu com o bolso de todo mundo. Para alguns, no entanto, a alteração foi para melhor. É o caso dos bilionários, cujas fortunas só aumentaram nesses dias de crise de coronavírus. Segundo a ONG Oxfam, que trabalha no combate à pobreza no mundo, os setenta e três bilionários da América Latina e do Caribe aumentaram suas fortunas em 17% desde o início da pandemia, em março. O aumento percentual equivale
a US$ 48,2 bilhões a mais na conta dos ricaços. Esse montante representa cerca de 33% de todos os recursos previstos em pacotes de estímulos econômicos adotados pelos países da região para reduzir os efeitos da crise gerada pela Covid-19. Em se tratando apenas de Brasil, os 42 bilionários do País aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões, um salto de US$ 123 bilhões para US$ 157 bilhões. Os dados constam do relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe”, divulgado pela Oxfam na segunda-feira (27).

CPFL aprova pagamento de R$ 2 bi em dividendos

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Na segunda-feira (27), a CPFL Energia informou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 2,075 bilhões em dividendos, equivalentes a R$ 1,80097 por ação ordinária. O pagamento será realizado até o dia 31 de dezembro deste ano, em parcela única. Segundo a companhia, a data específica do pagamento será anunciada ao mercado em momento oportuno. Terão direito aos proventos os acionistas da data-base de 27 de julho deste ano. As ações passaram a ser negociadas ex-dividendo a partir da terça-feira (28). A CPFL informou, ainda, que o Banco do Brasil será a instituição responsável pela escrituração dos papéis e também pela distribuição dos valores.

Banco Central lançará nota de R$ 200

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No final do próximo mês, entrará em circulação a nota de R$ 200. O anúncio foi feito na tarde da quarta-feira (29), pelo Banco Central (BC), que justificou a novidade alegando grande demanda por dinheiro em espécie durante a pandemia. A cédula será ilustrada com uma imagem do lobo-guará, animal típico da fauna brasileira. Segundo o governo, a previsão é de que sejam impressas 450 milhões de notas ainda este ano, num total de R$ 90 bilhões. Em entrevista coletiva pelo canal do BC no YouTube, a diretora de Administração da instituição, Carolina de Assis Barros, disse que a medida é importante neste momento porque, em tempos de crise, as pessoas tendem a guardar dinheiro “embaixo do colchão”.