O presidente-executivo do banco britânico Barclays, Jes Staley, renunciou antes de contestar o resultado de uma investigação sobre seus laços com Jeffrey Epstein, o financista encontrado morto na prisão antes de seu julgamento por acusações de tráfico sexual de crianças – informou a instituição em um comunicado.

“Cabe destacar que a investigação não conclui que o sr. Staley viu, ou teve conhecimento de qualquer um dos supostos crimes de Epstein”, afirma a nota, ao justificar “o apoio do Barclays a Staley após a prisão de Epstein no verão de 2019”.

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O diretor global de mercados do grupo Barclays, C.S. Venkatakrishnan, substituirá Staley, a partir desta segunda-feira (1º), acrescenta o banco.

Em fevereiro de 2020, o Barclay’s revelou que Jes Staley, um americano de 64 anos, estava sendo investigado, o que não impediu que a empresa mantivesse sua confiança nele.

“Barclays e Jes Staley, presidente-executivo do grupo, foram informados na noite de sexta-feira das conclusões preliminares” desta investigação lançada pelos dois principais reguladores financeiros britânicos, FCA e PRA, sobre o modo como Staley se referiu em seu grupo aos seus vínculos de negócios com Jeffrey Epstein, diz o comunicado.

“Diante dessas conclusões e da intenção de Staley de impugná-las, o Conselho de Administração e Staley concordaram em que ele se retiraria de suas funções como presidente-executivo do grupo e administrador do Barclays”, completa o texto.

Staley iniciou essa “relação profissional” com Epstein nos anos 2000, quando trabalhava no banco privado JPMorgan e tinha o financista americano entre seus clientes. Segundo ele, seu último contato com Epstein foi em 2015.