“The Crown” é uma série de época que trata dos bastidores do início do reinado de Rainha Elizabeth II a frente do Reino Unido. Uma das principais séries exclusivas da Netflix, a produção é também uma das mais caras da televisão americana, devido sua reconstituição de época e grandeza do roteiro, o custo total de uma temporada do seriado é de cerca de R$ 520 milhões (100 milhões de libras).

O valor porém assusta analistas da Netflix, uma vez que a empresa tem atualmente US$ 12,3 bilhões em dívidas no longo prazo e descarta qualquer possibilidade de angariar renda de outras maneiras – como um plano de assinatura grátis com propagandas. Quem não está preocupado com isto no momento é o presidente do serviço de streaming, Reed Hastings, que acalma os investidores com o que normalmente deveria significar problema para empresas: aumento da concorrência.

Durante conferência da indústria de televisão RTS no Reino Unido, Hastings disse o mundo do streaming será “totalmente novo” em novembro com a chegada dos streamings da Disney e Apple, sob a justificativa de que o arrefecimento na competição fará com que empresas explorem melhor conteúdos e talentos disponíveis, e completou dizendo que neste novo cenário, o dinheiro gasto com The Crown será uma pechincha para os novos padrões da indústria. “Parecerá uma pechincha”, disse.

O executivo disse também que neste ano gastou 400 milhões de libras em produções no Reino Unido, e que a tendência é crescer. Quando questionado se o número poderia dobrar para 2020, ele disse que “provavelmente não”, mas que os investimentos terão um “grande aumento”.