O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, disse nesta sexta-feira, 7, que o conceito de “sandbox”, que permite integrar normas para um grupo isolado sem mexer diretamente nas regras gerais dos mercados, poderá ser usado para atender a demanda de novos agentes. Segundo ele, alguns agentes da nova economia são tão disruptivos que, para abarcar toda a complexidade das atividades que desenvolvem, é necessário mobilizar CVM, Banco Central e outros.

Barbosa explicou também que a negociação com a Argentina para o lançamento do passaporte de fundos inclui a aproximação das regras contábeis para os fundos dos dois países. Segundo ele, não haverá mudança nas regras nem na Argentina, nem no Brasil. O objetivo é permitir que os dados informados sejam semelhantes.

De acordo com Barbosa, além do documento principal, que está praticamente pronto, a medida terá dois anexos: um sobre os aspectos contábeis e outro sobre temas mais operacionais, como a língua que será usada nos prospectos.

Ele acredita que tudo isso poderá ser feito apenas com a ratificação dos dois documentos pelos dois reguladores, a CVM, no Brasil, e o Comissão Nacional de Valores da Argentina. “Se precisar, editaremos uma resolução, mas acho que não será necessário”, disse.

A CVM realiza nesta sexta-feira o 2º Seminário Brasileiro de Sustentabilidade e Investimentos, no qual comemora o 42º aniversário da autarquia.