Depois um inédito reajuste negativo anunciado em 2021, o preço dos planos de saúde devem ter alta recorde neste ano, de acordo com relatório do BTG Pactual. Segundo os analistas do banco, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve estipular um reajuste de 15%, o que só será definido no meio deste ano.

Para chegar ao número, o levantamento considera dados divulgados pela ANS e fatores como a inflação, aumento de despesas médicas e ganhos de eficiência no setor.

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“O reajuste negativo de 2021 refletiu uma utilização anormalmente baixa (dos planos) em 2020, quando muitos procedimentos eletivos foram adiados na primeira onda de Covid-19 no Brasil. Por outro lado, como as despesas médicas dispararam em 2021, enquanto a base de vidas nos planos de saúde individuais encolheu, esperamos um forte aumento de preço para o ciclo de 2022”, afirmam os analistas do BTG, segundo o jornal O Globo.

Há, ainda, a expectativa de que o aumento dos planos individuais também elevem os convênios coletivos, que respondem à maioria dos contratos no Brasil.

Outro aumento da área de saúde que deve impactar o bolso do consumidor é no preço dos remédios. Segundo o Citigroup, os medicamentos terão alta de 10% neste ano na esteira da alta do dólar e da desvalorização do real, já que muitos insumos são importados.