O diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse nesta sexta-feira, 28, que as recentes declarações de distribuidores de combustíveis sobre o fim do subsídio do diesel são “alarmistas” e antecipam em três meses uma preocupação que na avaliação do executivo é precipitada.

“Não sabemos como estará o preço do petróleo daqui a três meses, ontem mesmo o câmbio caiu, é uma preocupação muito alarmista”, disse ao chegar ao hotel na zona Oeste do Rio de Janeiro onde está sendo realizada a 5ª Rodada de Partilha de Produção.

Esta semana, representantes de distribuidores de combustíveis se disseram preocupados com as perspectivas do fim do subsídio ao diesel, que para eles poderá provocar uma corrida aos postos para aproveitar os preços sem a adição do atual desconto de R$ 0,30 por litro.

Argumentando que o subsídio ao diesel “nem deveria ter começado”, ele avalia que a saída terá que ser via mercado, ou seja, deixar que o próprio mercado regule o fim da subvenção. “Tem que deixar as regras de mercado atuarem, temos que sair da subvenção pelas regras de mercado”, afirmou.

Oddone avalia que no lugar da subvenção o País precisa de transparência e competitividade no setor de combustíveis, e que para evitar a importação da instabilidade do mercado externo para o mercado interno deveria ser criado um fundo com recursos dos royalties pagos pela exploração e produção de petróleo e gás natural para evitar grandes oscilações de preços.