Por Michael Holden e Kylie MacLellan

LONDRES (Reuters) – A polícia britânica encerrou investigação nesta quinta-feira sobre as festas durante lockdown da Covid-19 realizadas no gabinete do primeiro-ministro Boris Johnson em Downing Street, tendo aplicado 126 multas em um escândalo que levantou questões sobre a liderança do premiê.

Johnson enfrentou pedidos generalizados de políticos da oposição e alguns de seu próprio partido para que ele renunciasse devido ao escândalo “partygate” depois que foi revelado que ele e autoridades violaram regras rigorosas que seu governo havia determinado para conter a Covid-19.

Ele e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, foram multados no mês passado por uma reunião no gabinete para comemorar o 56º aniversário do premiê em junho de 2020, quando as reuniões sociais estavam praticamente proibidas. Seu porta-voz disse que ele não recebeu mais multas com o término da investigação.

O primeiro-ministro afirmou inicialmente que não houve festas ilegais e que todas as regras foram seguidas. Mas, desde então, ele ofereceu uma série de desculpas, embora tenha rejeitado pedidos de renúncia e negado ter cometido conscientemente qualquer irregularidade.

A polícia disse que sua investigação, na qual os policiais examinaram 510 fotos e 345 documentos, já foi concluída.

Das 126 notificações emitidas, 83 pessoas foram multadas – sendo 53 entregues a 35 homens e 73 aplicadas a 48 mulheres.

O porta-voz de Johnson disse que a polícia confirmou que o primeiro-ministro não receberá mais multas.

“O primeiro-ministro está satisfeito com a conclusão da investigação e gostaria de agradecer à polícia por seu trabalho”, afirmou o porta-voz.

A esposa de Johnson, Carrie, que também foi multada pela festa de aniversário de Johnson, também não receberá mais penalidades.

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