O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que o pedido de eleições antecipadas seria “um erro”, embora conte com uma maioria muito forte depois da renúncia do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman.

“Em um período tão delicado do ponto de vista da segurança, o rumo das eleições seria um erro”, declarou Netanyahu na abertura do Conselho de Ministros.

Ao final do dia, Netanyahu se reunirá com o ministro das Finanças Moshé Kahlon para tentar convencê-lo a não apoiar a ideia de eleições anticipadas. O apoio deste político é vital para a coalizão governamental.

A maioria parlamentar do primeiro-ministro é de apenas um deputado (61 dos 120) devido à renúncia de Avigdor Lieberman, chefe do partido nacionalista Israel Nossa Casa (5 deputados).

Lieberman renunciou em protesto contra o cessar-fogo concluído após uma onda de violência na Faixa de Gaza.

Ele é a favor de aplicar medidas contundentes contra o movimento palestino, o Hamas, no poder neste território, e denuncia a “capitulação ao terrorismo e pede eleições legislativas o mais rápido possível “.

Kahlon, líder do partido centrista Kulanu (10 cadeiras), manifestou-se a favor das eleições “o mais rapidamente possível”. A atual legislatura termina em novembro de 2019.

Outro membro da coalizão, Naftali Bennett, ministro da Educação e chefe do partido nacionalista religioso The Jewish House (ou Casa Judaica, 8 deputados) deseja a pasta da Defesa. Sem este partido, Netanyahu perde a maioria parlamentar.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro se opos e anunciou que ocupará ele mesmo, de forma provisória, o ministério da Defesa.